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sábado, 3 de agosto de 2013

Lamúrias...uma das minhas poesias preferidas!

Lamúrias
Adilson Araujo



Silêncio na noite
Sombras sonâmbulas vagam nos muros
E pensar que aos meus olhos
As lâmpadas são tão turvas...

Tanta coisa eu diria pra mim
Mas há sempre um soluço
Entre as minhas palavras
E essa imensa vontade de ser livre.
Livre para gritar e acordar
Aos que dormem enquanto minhas lágrimas
Deleitam nódoas amareladas em meu peito.

Ah e como eu queria que os meus gritos acuados
Quebrassem as taças que embebedam os medos
Que rondam a liberdade.
E assim, o palhaço do grande circo
Chamado amor,
Ensaiaria seu último sorriso.
E eu diria, por todas as vísceras que fiz adormecer em mim
As palavras malcriadas que o mundo engoliu
E que vomitou sobre a minha cabeça.
E me deliciaria com todos os cuspes
Que não pude lançar
Nessas caras lavadas e perfumadas
Dos vampiros que me rodeiam.

Eu nunca quis abraçar meus rancores
Mas também nunca os vi assim tão pálidos...
Apenas queria que nos meus olhos
Não tivessem essas malditas grades
Que os afastam das minhas verdades.

Para mim, se pudesse,
Diria que não é real essa angústia,
Que em algumas noites,
Faz-me desejar carinhos
Que jamais sairão do velho paletó,
Náufrago no cabide,
a carregar o pesado mofo do passado.

domingo, 23 de maio de 2010




Eu e o lendário Boneco Zé Bola.

Meu companheiro de contação de histórias

há mais de 10 anos.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Suspiros

Poesia vencedora do Festival de Poesias de Casimiro de Abreu 2008
1° Lugar Poesia escrita
2° Lugar Poesia falada

SUSPIROS
Adilson de Araujo



A poesia é como a gélida gota de orvalho
Que desce na aurora,
Desliza suave e acaricia a pétala
Solitária das flores,
Enclausuradas nos vasos
De janelas adormecidas...

Quando adentra a tez floral ,
Ela transborda em sonhos
E faz despertar
os suspiros ocultos da madrugada.

Como o tênue raminho do trigo
A poesia compõe ninhos
Tão emaranhados
Quanto os pensamentos
Dos casais enluarados de paixão.

Ela é torrente incessante
A levar, no leito do rio,
A pedra atirada por um jovem
Enquanto tecia planos
Do mais imortal dos amores.

A poesia, como a dança das águas,
Renova-se a cada olhar,
A cada inspirar
Alimentando a roda viva
Que gira,
A ranger,
Presa aos pesados fios do medo...







Dom Quixote do Brasil


Caros amigos

Contar histórias por aí é algo divinamente impagável!
Se deparar, de vez em quando, com um mar de crianças é uma experiência inesquecível...
Foi assim quando "rodei" pelos 17 municípios da Bacia de Campos com o espetáculo DOM QUIXOTE DO BRASIL,
que escrevi para valorizar a tradição oral brasileira e, é claro,
fazer um contraponto com Miguel de Cervantes, para que essa criançada tenha acesso ao que há de melhor na Literatura.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Olá!
Sou um Contador de histórias apaixonado pelo que faço.
Será uma enorme satisfação poder compartilhar com vocês um pouco
do meu trabalho nessa Arte milenar.
Vida longa aos Contadores de histórias!!!
Carinhosamente
Adilson de Araujo